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Projeto da UEL avalia simulador da Oniria de realidade virtual para tratar fobias

Sentir medo de falar em público, de altura, de lugares fechados ou ambientes com muita gente como, por exemplo, shoppings e estádios de futebol é normal, mas quando este medo se torna uma fobia vira um problema. Segundo a professora Verônica Bender Haydu, do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento (CCB), a diferença entre medo e fobia é medida em grau. “O medo é uma reação normal e não impede a pessoa de enfrentar o problema, mas a fobia sim. Ela dispara reações fisiológicas, como taquicardia, falta de ar, sudorese, entre outras”, define.

Foi justamente pensando em uma forma inovadora de tratamento de fobias que a professora está desenvolvendo o projeto de pesquisa “Avaliação de um Simulador de Realidade Virtual para Tratamento de Medos e Fobias”, que conta com a participação dos docentes Silvia Aparecida Fornasari, também do Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento e Elizeu Borloti, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), de um estudante de Iniciação Científica (IC) e de três mestrandos do Programa de Pós-graduação em Análise do Comportamento da UEL.

A professora Verônica Haydu explica que inicialmente a pesquisa tem três objetivos.? Primeiro queremos verificar se os ambientes virtuais têm a capacidade de gerar ansiedade e medo, também vamos avaliar a usabilidade do simulador e, por último, queremos verificar os efeitos terapêuticos deste programa de intervenção?, ressalta. Para isso o projeto vai trabalhar com problemas relacionados a fobias de falar em público, de altura, espaços fechados e fobia social. “Cada um dos diferentes tipos de ambientes virtuais será testado em um subprojeto devido às características peculiares das ações executadas pelos usuários nesses ambientes”, acrescenta Verônica Haydu.

Cada um dos diferentes tipos de ambientes virtuais será testado em um subprojeto devido às características peculiares das ações executadas pelos usuários nesses ambientes.

FACILITADOR – Segundo a docente, o objetivo do simulador de realidade virtual é facilitar e ser um aliado no tratamento de medos e fobias, mas não substitui a exposição do paciente a uma situação real. ?Por mais que o simulador se aproxime do real, a pessoa sabe que se trata de uma simulação. Mas ele facilita o tratamento porque um paciente que tem fobia de entrar em um elevador, por exemplo, não enfrenta a situação nem com a presença de um terapeuta ao seu lado.?Começando com a exposição aos cenários virtuais e a intervenção do terapeuta, o paciente se sente mais seguro e não fica exposto publicamente quando está com medo intenso?

A professora acrescenta ainda que à medida que o paciente vai enfrentando os cenários virtuais suas reações de medo vão se enfraquecendo devido à exposição repetida e graduada.? Essa segurança e privacidade contribuem para o aumento da adesão ao tratamento e a possibilidade de superação do medo e da fobia?, destaca.

No caso deste projeto, o simulador não resulta em uma cabine como ocorre nos simuladores para pilotos de aviação ou de carros, o que seria financeiramente inviável.? Nosso simulador consiste em dois notebooks. Um gerencia a exposição do paciente enquanto está com o óculos RIFT e os fones de ouvidos conectados e, no outro, o terapeuta programa o que vai acontecer e avalia se aquela situação está gerando senso de presença e ansiedade, ou seja, é capaz de gerar medo. Vamos avaliar essas condições e se os cenários não forem apropriados será preciso fazer alterações para o que tratamento tenha a eficácia desejada?, ressalta.

A professora conta ainda que coordenou a proposição de um projeto em edital da Capes para a aquisição de mais dois simuladores, um para o Departamento e outro para ficar na Clínica Psicológica para ser usado pelos terapeutas e estagiários da Clínica. Mas como a pesquisa está em fase inicial e se trata de um projeto inovador, primeiro a usabilidade será avaliada por terapeutas e estudantes do 5º ano do curso de Psicologia e com voluntários que apresentam medos e fobias para avaliar sua eficácia.

O projeto está sendo totalmente financiado pelo Edital do SENAI-SESI de Inovação e a empresa Oniria de Londrina, que foi incubada da Intuel e premiada na área, venceu a concorrência e passou a desenvolver o simulador e os cenários virtuais que estão sendo usados na pesquisa.

Serviço: Departamento de Psicologia Geral e Análise do Comportamento (CCB) – Fone: (43) 3371-4227

Fonte: http://goo.gl/BRjdGd

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